Meu tio avô foi o velhinho mais antenado que eu já conheci. Com 90 anos, sabia mandar e-mail, baixar músicas e gravar CDs e DVDs para ouvir as canções e assistir às óperas de que mais gostava. Era fascinado por música clássica e sonhou em um dia ser maestro. Então esse post é em sua homenagem, Tio Fernando.
Na minha aula de Jornalismo Cultural de hoje, o professor Arthur Dapieve citou a Gramophone Magazine, da editora Haymarket. A revista mensal de Londres comemora 90 anos este ano. Seu foco é a música clássica e, todo ano, a revista premia as melhores gravações deste estilo musical com o Gramophone Awards. Você pode saber mais sobre a premiação de 2012 aqui.
Se autodenominando a “autoridade mundial em música clássica desde 1923” e garantindo que faz “as melhores resenhas de música clássica”, a revista deste mês celebra seu 90º aniversário. Algumas páginas desta edição podem ser baixadas gratuitamente no aplicativo da revista na App Store.
“Era abril e foi um mês alegre, marcado pelo casamento Real do então Duque de York com Elizabeth Bowes-Lyon e a abertura do estádio de Wembley”: é assim que o artigo introdutório da edição de abril relembra em que cenário foram dados os primeiros passos da revista.
Em entrevista por e-mail, o editor Martin Cullingford disse ao Paz, amor e lápis de cor que se sente incrivelmente orgulhoso de ser editor da revista neste momento tão marcante:
– Noventa anos é muito tempo de publicação e, como nosso nome sugere, nós cobrimos música clássica desde os tempos dos gramofones, LPs, cassetes e, agora, downloads. Durante todo esse tempo, a revista teve como objetivo ser um guia especializado e de entretenimento. É minha responsabilidade garantir que a gente continue a fazer o mesmo hoje em dia.
A edição de aniversário mostrou a importância da Gramophone na história da gravação clássica e como isso tem sido importante na vida dos ouvintes.
– Explorar e analisar o desenvolvimento na prática e na tecnologia, mostrar os projetos de grandes gravadoras e trazer os leitores para mais perto dos músicos e de suas gravações é algo que continuamos a fazer hoje. O que mudou foi a maneira que agora podemos alcançar as pessoas. O nosso site, a nossa edição digital, os nossos podcasts e o uso do Facebook e Twitter expandiu enormemente a quantidade de pessoas com quem podemos compartilhar nossos artigos e resenhas – explica o editor.
Hoje em dia, as pessoas ouvem música de maneira diferente que ouviam antigamente. Os downloads, por exemplo, apresentaram novos desafios para a Gramophone, mas também novas oportunidades.
– Acreditamos que, se as pessoas querem ouvir música clássica, também vão querer o tipo de orientação especilizada que a Gramophone tem oferecido desde 1923.
Espero que tenham gostado do post, aceito sugestões!
Beijos,
Ligia
Excelente entrevista!
Obrigada!!!!
Entrevista com conteúdo e informação com qualidade, Parabéns!