A atriz Isabel Pinheiro, de 28 anos, sempre gostou de pedalar. Embalada pela paixão, pendurou em sua bicicleta uma plaquinha com um clássico jargão dos ciclistas: “Respeite um carro a menos”. Aproveitou e colocou a arte nas bicicletas do namorado, Carlos Sales, 37, e da mãe. Logo, a ideia estava correndo pela família e se concretizou no projeto que recebe o mesmo nome da tradicional frase dos cicloamantes. Respeite um carro a menos começou na internet e hoje a página do Facebook conta com mais de 12 mil curtidas.
Como fundadores do Respeite estão, além de Isabel, o músico Carlos, o publicitário Fred Sampaio e a produtora Lula Franco. Eles queriam espalhar pelas ruas mais do que uma placa, mas uma ideologia. A web disseminou o movimento para fora do Rio e o grupo espera que o mundo inteiro adote a ideia. O bordão “Senta na bike e curte a brisa no rosto” resume bem a proposta do movimento, que viu que estava de fato sendo reconhecido quando os motoristas de carro davam os parabéns:
– Ver que os carros paravam para cumprimentar pela plaquinha e dizer como ela era bacana nos mostrou que a gente estava passando o que queria – lembra Carlos.
O grupo enfatiza que não é contra o carro, apenas priorizam o uso de vias alternativas de transporte quando possível.
– Carlão sabe como é inevitável o uso de carro em muitas situações. Carregar os instrumentos com o trepidar da bicicleta acabaria estragando seu equipamento de trabalho – explica Isabel.
Também ressaltam que a iniciativa não tem o objetivo de confrontar o governo e exigir mudanças no tráfego, mas de apoiar os meios alternativos e mostrar que o ciclista também tem seus direitos e deveres no que diz respeito às leis de trânsito.
– Na calçada você precisa saltar da bicicleta e se equiparar a um pedestre. No começo é chato, você perde o embalo, mas depois se acostuma – exemplifica Carlos.

A ideia é ecologicamente correta: além de a bicicleta não poluir o meio ambiente (nem o skate, nem os patins), o material utilizado na confecção das plaquinhas é 100% sustentável. Cada uma mede 17,5 cm x 20 cm e custa R$ 25. Você pode montar a sua plaquinha no site, escolhendo o tipo de transporte, a cor e o bonequinho.
O movimento também atenta para a saúde: de acordo com Carlos, pedalar melhora a respiração, diminui o colesterol, reduz a pressão arterial, entre outros benefícios. Mas, mais do que tudo isso, Isabel acha que o Respeite um carro a menos tem ganhado mais adeptos por conta do caos no trânsito.
– Para mim, o pessoal começa a andar de bicicleta mais como um meio viável de transporte, porque as pessoas não veem muita saída para o trânsito. Tem muito carro para pouco espaço, isso te deixa nervosa, incomodada com aquilo, você fala palavrão.
Além das placas, o grupo agora está confeccionando camisetas (R$ 60). As primeiras vendas ocorreram na Babilônia Feira Hype dos dias 25 e 26 de maio.
– Como todo começo, foi devagar. Não tivemos um número muito grande de vendas, mas a aceitação foi grande. Esse foi apenas o segundo “objeto” do Respeite. Ainda temos muitos projetos pela frente. Recentemente fizemos o Respeitinho: proporcionamos uma aula prática sobre regras de trânsito em uma escola e falamos sobre o projeto para as crianças – conta Carlos.
E aí, vamos respeitar?
Beijos,
Ligia
Acho a ideia genial!!! O Rio é uma cidade linda e muita gente tem usado esses meios alternativos como trasporte.É bom, todo mundo gosta e quem faz opções mais saudáveis merece muito respeito!